tudo normal...

Mais uma semana que se passa e mais historias dessa verdadeira odisseia que estamos vivendo aqui nos EUA foram vivenciadas por mim e Pedrim.

Mudamos para a nossa casa nova, uma verdadeira mansao! Com duas olhadas, atraves da porta, voce ve a casa toda: com uma olhada reta voce ve a sala, a cozinha (no corredor) e o fundo do quarto, e com mais dois passos a frente e uma olhada para a direita voce ve o banheiro. Como se nao bastasse, a casa fica um tanto quanto distante da cidade: imagine um quadrado, eh o mapa de Steamboat, agora imagine mais dois quadrados a direita, imaginou?imagine um ponto no centro do Segundo quadrado, eh onde a gente mora. Mas ta muito bom, exageiros a parte a casa fica a 5 min do ponto de busao.

Agora o fato deveras marcante desta semana foi a traducao simultanea espanhol-ingles que eu tive que fazer no Hotel; explico. Estava eu em meu labor diario, quando passa um grupo de pessoas e eu dou bom dia, todos respondem exceto uma rapazola de mais ou menos 35 aninhos (muito nova para Pedrim). Passados uns 5 minutos comeco a escutar ruidos, ao ir ver o que era deparo-me com uma cena curiosa; a mulher que nao me deu bom dia tentando fazer-se entender por Cathy, uma das recepcionistas do Hotel , que estava sozinha na recepcao naquele momento. Ao me ver, Cathy, que nunca demonstrara simpatia a minha bem apessoada pessoa, fez uma cara de “estou vendo meu Salvador” e berrou apontando seu indicador, com a unha mal cuidada, em minha direcao: He speak Spanish! Eu pensei comigo mesmo: falo eh? nao interessava, ela me puxou para o meio das duas e disse: ve ai o que ela quer. Olhei para a moca latina e perguntei com um espanhol refinado de quem nunca fez aula deste idioma: ola que tal? Que passa? A mulher fez cara de gracas a Deus e desatinou a falar MUITO rapido. Quando ela terminou de falar, eu pausadamente disse: olha soh, jo soy brasilenho, jo ablo Portuguese, mas cosigo entiendier espanhol se uste ablar devagar. Ai seguiu assim: a Mexicana falando e eu traduzindo para a Cathy. O engracado eh q nao fazia sentido o que ela queria, nao dava pra entender o que era. Perguntei o que ela era no Hotel, ela disse housekeeper, perguntei o que ela queria e ela nao sabia dizer o que era. Finalmente chegou alguem na bancada e perguntou: do you wana a key? Ela riu e disse: yeah,the key! Eu olhei para a cara dela com cara de “puta que pariu que anta”e perguntei: como se abla key en espanhol? Liave? E ela: si liave. Eu: enton porque nao ablaste que quierias uma liave. Ela riu, pegou a chave e saiu.

So a titulo de ilustracao, quando disse que Cathy unca demonstrara ir com a minha cara, era por dois fatos curiosos, por duas vezes ela pediu que eu A AJUDASSE a fazer alguma coisa, mas quem acabava fazendo tudo era eu. A primeira foi carregar mais ou menos 20 caixas grandes ateh o deposito, a 200 metros do hotel, a segunda foi subir em uma escada e enrolar um matinho na pilastra frontal do Hotel, que tem por baixo uns 6 metros, acontece que a escada era aquelas de aluminio e ela simplismente parou de segurar e foi la para dentro quando eu estava no ultimo degrau. Desci com a perna bamba e perguntei se estava bom, ela foi la fora, olhou, olhou e disse: la em cima ta um pouco perto demais um ramo do outro, pegue martelo e pregos e coloque mais acima.

No mais galera to adorando o lugar, eh lindo msm, o que ta matando eh a saudade de voces.

Beijos a todos homenageados nos ultimos posts. Amo voces

Profundo

Comeco pedindo desculpas a voces, amados amigos, pela demora em fazer novos posts neste singelo porem intensamente valoroso blog.

A vida em Steamboat ta comecando a melhorar, ja rolou ate a primeira partida contra os hermanos argentines; o jogo ficou dois a dois porque a grande estrela camisa 10 que vos fala sentiu o peso da altitude e so conseguiu balancer a rede uma vez, canetando dois adversaries

Pedrim continua uma verdadeira metralhadora, como se nao bastasse a tentative de estupro conra a aerovelha no voo para Denver, o pequeno Don Juan simulou uma queda na escada simplismente para encostar nos ombros e cabelos da nossa chefe Amy, uma razoavel loura dos olhos azuis de mais ou menos 35 anos ( para quem deu em cima de uma senhora com o sobro da idade ve-se uma evolucao).

A comida ta matando, tiaozim voltara ao Brasil sem sua charmosa barriga. E incrivel como estes ianques comem doces, ate o feijao e doce.

Pois bem, neste post eu gostaria de tracar algumas palavras de como e viver em um pais de primeiro mundo. Aqui e cidade pequena, por isso as pessoas sao extremamente simpaticas, onde ja se viu motorista de onibus (gratis) dar bom dia? Onde ja se viu os transeuntes darem bom dia a todas as pessoas? Onde ja se viu seu chefe te tartar como parte de sua familia ? Onde ja se viu o preconceito nao estar estampado na cara dos outros simplesmente por voce ser negro, pobre e de cabelo ruim? Resumindo, aqui todo mundo pode ser o que quiser, mulheres motoristas de onibus, mulheres motoristas de vans, todos tem as mesmas oportunidades. Ai perguntam: mas como ? Eu respondo com uma informacao, aqui em Steamboat, com mais ou menos 10 mil Habitantes, tem-se uma biblioteca que Nunca vi igual em Vitoria, que e uma capital no Brasil. A consciencia do povo chega a um ponto que se alguem jogar lixo na rua o outro pega, nao porque e pior, mas simplismente por acreditar ser essa uma funcao cidada. O povo e consciente e bem informado porque alem de uma biblioteca, com o perdao de mamae, FODA, eles tem jornal de graca, o incentivo a leitura e latente, o incentivo a informacao tambem; nao tem como dar errado assim. Temos muito que aprender com eles, devemos parar de critica-los sem conhecer.

Mas enfim, apesar disso tudo de bom, aqui nao e a minha casa, a minha terra. Aqui nao tem polenta com ovo frito, nem meus amores. As saudades do Brasil estao cada vez maiores, mas dia 22 chegara rapido e voces terao o prazer de me ver novamente.

Beijos a todos dos ultimos Posts.

Tiao